O storytelling é uma narrativa efetivamente aberta, habituada a intromissões e modificações e não deve ser apenas algo a ser copiado e reproduzido, é também de autoria mais coletiva do que individual. O novo modo de narrar é interativo e, por ele, a linearidade de comunicação entre emissor e receptor cede espaço à comunicação em 360 graus, com nós da rede e links.
Assista ao vídeo: A Educação do Futuro para entender como a Storytelling poderá auxiliar no processo de aprendizagem.
O professor não pode estar alheio ao universo narrativo construído nas novas tecnologias, pois os estudantes já o adentraram e sabem usar o computador e o celular, explorando quase todas as suas potencialidades, como se fosse o novo brinquedo da chamada geração Z. Grande parte deles já conhece todas as particularidades das ferramentas de comunicação da web 2.0, inclusive postar vídeos no YouTube.
Se o professor não acreditar que ele é um vendedor de informações e que sua aula é um grande storytelling, ele perderá a atenção dos seus alunos, pois a mídia conta melhores histórias que as da escola e têm mais aparelhagem e condições financeiras para atuar nesse setor. O professor deve entender que ele participa do atual comércio da atenção e que ele precisa também vender suas histórias aos estudantes.
É preciso demonstrar aos estudantes que as narrativas que elas aprendem na escola não são apenas as melhores histórias para as suas vidas, já que são essenciais para a sua sobrevivência em sociedade.
O storytelling dá prazer quando o conteúdo é mais importante que a forma, seja ela oral ou pela escrita, ou quaisquer outras formas híbridas de linguagem. Elas são o próprio homem dentro de um contexto social, inclusive como gênero, literário ou noticioso, científico ou sagrado, com finalidades quer recreativa, quer informativa, ou, ainda, expressiva.
Os storytellings, por si mesmos, motivam seus ouvintes por apanhá-los em sua essência emotiva e essa é a chave que abre a sensibilidade da criança para entender a vida, em uma evolução que se inicia na história contada já no próprio DNA de cada família, com as heranças familiares recebidas. Aliás, hoje se diz que organizações, fábricas, produtos têm histórias e não só os empresários, funcionários e consumidores.